terça-feira, 22 de setembro de 2009



Que a inocência seja um elo para o conhecimento da vida.
E que partindo dessa experiência já não se encontrem mais pessoas em livros, e sim, livros em pessoas!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Outono linguístico


Querido August,


Não existe outra forma de responder à todas essas dúvidas corriqueiras. Imagine-se no alto de um castelo, onde só se fala quando não se tem permissão de calar. Exata precisa pra compreensão das tuas mãos inquietas. Um refúgio no indefinido, transvalorizando assim todas as definições. De salto como sempre, resposta fácil quando o assunto não é só pensar em Eme bem como ser um pouquinho August. Cantarolando em cada sinal, um mastro que se torna maestro com a perseguição temporal. Estrangeira , aqui as pessoas não conseguem segurar um copo de vinho como se fosse o último. Em meio a convulsões e antipatias supersticiosas, sigo no meu devir eterno. Minhas qualidades lutam entre si, provando que não há virtude, quando penso em um dia me livrar delas. Eu as deixo pra quem ousar moralidade...
No mais, meu querido, tenho obtido doses cavalares de otimismos grosseiros. Em que a realidade não cumpre seu destino de ser e que mais uma vez, todo o cenário bucólico se esvai , sendo obscurecido na superficialidade. Em meio a este e outro crepúsculo, penso em ti. Penso em quantas vezes minhas palavras foram mais tuas do que minhas, e em todos os sentimentos que me fazem parar para ouvir certas estrelas. Nesse encontro secular, escuto um sussurro levemente incentivado por uma esquizofrenia momentânea, nem sempre aquilo que é correto te torna autêntico aos olhos teus. Mas tudo aquilo que vier de ti, por ti, independente do grau de premissas verdadeiras, será obsoleto pra construção da tua verdade sem convicções eternas.




Beijos, assim como as estrelas..