quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Na minha última visão, passou-se um filme entre aspas, simples como quando August sentava nos bancos de praças pra roubar identidades, como se não houvesse nunca desistência em cheirar primavera. Tempos diferentes, vontade que provoca cabelos molhados,olhos sempre secos, ensaiando uma festa, deslizando, negros, claros, tudo misturado. E lá no fundo de toda coisa que agrada, existe um pulsar cômico, furtivo, de um sujeito faceiro que inquieta sempre por trazer uma paz do tamanho da estação que carrega. Em todos os lugares que foi, ficou pra sempre. E em mim, restou a sujeira no cinzeiro, a marca vermelha no meu quadro mais bonito, a bebida que nunca tomei direito e um livro que dança comigo nos passos dele que sorri só pra me ver no espelho, um outubro talvez...

Um tanto de August, para ser Eme.