segunda-feira, 25 de maio de 2015

Afastei com essas mesmas mãos que escrevem, minha mais aparente felicidade. Profundos olhos castanhos me olhavam, como se falassem desconfiadamente dos absurdos que surgiam em meu rosto pela incompreensão do tempo. Sua expressão gritou durante vinte anos em minha vida e junto com ela, um outono disfarçado de primavera.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Transbordo pelas mãos, desfrutando de milhões de verdades em que a solidão de uma unica companhia se fez presente. Gargalhadas monossilábicas como há muito tempo não mergulhavam vem aquecer as linhas do meu rosto, somos nossos papéis! As montanhas vontadosas em que suas árvores não deixam de dançar, enquanto espero o vento para um tango, tateiam com absurda teimosia, meu Fechar de olhos ao receber cócegas das flores de canafístula. Não é mais apenas um grão, uma gota...é vida materializada em mãos pequenas, que engatinham. Não te quero mais palavras, joguem-se no absurdo dessa vida tocando deliberadamente outra alma, que tem fome...
Estranhamento, soslaio...Então tomo posse de uma natureza reflexiva. Identidades, relações construídas, refutando e assumindo paradoxalmente a percepção junto com sua construção deliberada de olhares, essência na descoberta de uma autêntica sensibilidade. Que mundo compreensível, como é bom ser incompreendida por um novo olhar, aceitando a diferença da sua ausência na criação!
Adormecida, tulipas vermelhas amendoadas me beijam. No espelho, uma parede rebocada. Meu chão, como eu sonhava! Viver um sonho adormece a nossa vontade de realizar. Tudo outra vez, fatalmente estarrecida em saber sobre August, assim como são todas as primaveras criadas pela vontade de ser plural. Totalmente vazia. Eu já nada sei e ainda assim não me habituo ao superficial. Misturas psicodélicas entre Nietzsche, culinária e banhos de mangueira. Na minha ilha, sou a senhora, desenvolvi uma habilidade terrível de carregar meus amigos sempre comigo, equivocando e sendo equivocada. Me perco no labirinto dos conselhos de Nanook, consolos de Tomcat e ronronados de Sona, não, o tempo não passa. Aqui tudo é...